– Foda, foda, né?!
– Dá ou não dá?
Pra que mesmo nós damos tempo? Tempo para que?
Tempo com a mãe, com o sono, com aquele sabonete, com quem amamos, com o modo de vida escolhido no início, com a alimentação, com a tal cueca, dar um tempo com o incômodo, com a alfinetada, com o furúnculo chamado angústia que parece que a qualquer momento virá a furo expelindo toda nossa mente!
– Será? Será mesmo?
– É, porra!
Porque ‘pedir um tempo’ é querer se afastar... é ficar um pouco longe... é experimentar abstinência...
– Taí a palavra-chave... abstinência...
– Ou seria o mesmo ar, do mesmo quartinho sombrio, bolorento e fechado?
– Pessimismo de merda esse seu.
Conclusão pragmática: “Dar Tempo” é importante para viver, para bem viver. É quando saímos um pouquinho do dia-a-dia e percebemos de uma outra forma a imagem d’outro lado do espelho.
Despreze o furúnculo!
Dane-se! É um texto!